quarta-feira, 3 de novembro de 2010

CAPITULO 1

4





-Aislinn! Aislinn! Acorde! Vamos! Vamos!

Uma mão cutucava meu braço insistentemente para que eu acordasse. O ar estava frio, minha jaqueta não estava adiantado muita coisa, parecia que havia chovido naquele lugar, estava enevoado, mas na hora reconheci o cheiro confortável e amável: Minha casa.

No meio de um sitío de terra bem extensa e irregular, uma pista de asfalto levava até uma casa feita toda na madeira de árvores de uma tonalidade escura, com enormes janelas de vidro que exibiam boa parte da casa, lá dentro podia ver Raphain andando de um lado para o outro na frente de sua cadeira de couro marrom claro, que sentava e lia livros durante horas e horas. Provavelmente minha mãe (Selene) deve estar na cozinha, preparando um bom café.

Acho que essa maluquice toda teve seu ponto bom, mas o que mais me intriga é o que Dellayla tem haver com tudo isso (tirando o fato de eu ainda não saber onde está Elizabeth) e para que tanta agitação?

- Vamos entrar. Você já dormiu o suficiente! Você tem idéia do tempo que eu estou tentando te acordar? Você parece uma pedra dormindo! - Dellayla reclamava, mas o sono foi tão bom que eu nem me importei.

Olhei no meu relogio de pulso e já eram uma pouco mais das 1:00 da manhã.

- Tá, vamos logo, antes que eu morra congelada aqui fora. Se eu esperar que suas reclamações acabem vamos ficar aqui até que a morte nos separe. - o frio não era brincadeira sobre tudo á aquela hora da madruga, mas á alguma coisa no ar além do frio essa noite, tive um pecentimento que algo ruim esperava por mim dentro de casa.

Entramos na casa, parecia tudo normal e muito quieto e aconchegate, o normal de uma casa no meio do nada. Raphain estava sentado na sua poltrona, com a ccabeça baixa entre as mãos.

- Tá. Agora... alguém poderia me falar o que esta acontecendo por favor?

Raphain se levantou e se recompôs, pude ver as lágrimas escondidas em seus olhos negros, algo de muito grave havia acontecido.

- Aislinn... - ele tentou falar e um frio desceu pela minha espinha. Meu pai não se abalaria com nada pequeno, ele só choraria assim por uma pessoa além de mim... MAS NÃO PODIA SER! NÃO.

- Onde esta a minha mãe? - NÃO! Eu estou pirando, estou paranóica! É isso, estou errada, é outra coisa!

- Aislinn... - ele chegou perto de mim e colocou uma das mãos em meu rosto. Senti as lágrimas escaparem dos meus olhos e percorrerem o meu rosto. Raphain me abraçou e falava coisas que eu não entendia, não era importante entender, nada era.

- O que aconteceu? - essa era uma das perguntas que fervilhavam e se repetiam em minha cabeça.

- Temos que contar a ela Raphain! - Dellayla falou do mesmo canto da sala onde estivera todo o tempo.

- Não! - Raphain falou entre-dentes soando furioso.

- Raphain! Ela tem que saber, e se não souber não vai poder proteger a si própria! - ela soou nervosa.

Mas, se proteger do que? Á aquela altura não estava entendendo nada.

- Saber o que? E dessa vez eu quero uma resposta. - Falei me libertando dos braços de meu pai.

- É melhor se sentar. - disse Dellayla olhando diretamente para mim.

- Não! Falem logo!

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