quarta-feira, 10 de novembro de 2010

CAPITULO 1
6
Aislinn

O que estava acontecendo? Aquilo era real? E se fosse? O que iria acontecer? Como ai ser com Raphain? O que aconteceria com sua vida agora? Uma mestiça, afinal quem eram verdadeiramente seus pais? Ela iria os conhecer? E Selene? Como Elizabeth podia ter feito isso? A mãe que eu tanto amava, ela tinha morrido por minha causa? Perguntas atordoavam a minha cabeça, não conseguia pensar em mais nada além disso. Eu só conseguia correr e correr, queria aqueles pensamento fora da minha cabeça! Queria que tudo fosse com antes. Queria acreditar que tudo foi uma brincadeira, mas aquelas coisas, não havia como negar, estava acontecendo, não era só uma brincadeira.
Eu sentia os galhos secos com suas folhas molhados de chuva das árvores baterem em meus braços e no meu rosto, mas não doía, não como doía por dentro. Eu tirei o casaco enquanto corria e o joguei no chão, o mesmo com os sapatos, eu queria que fosse mais rápido. Eu sabia aonde estava indo mesmo com os olhos fechados, mas tinha medo de admitir. Mas der repente o chão escapou de mim. O penhasco. Onde me manterão a distancia quando era criança. Não havia chão, eu só me entreguei. Eu só caia, e minha mente se esvaziava. Mas lembrei de Selene, minha mãe, ela tinha morrido por minha causa, por minha vida, não seria justo com ela. Eu tinha fazer a morte dela valer a pena, mesmo que isso doesse muito. Uma dor profunda nas minhas costas fez com que eu fichasse os meus olhos á pouco abertos, a dor ficava cada vez mais forte. Der repente tudo parou, eu não estava mais caindo. Eu olhei para os lados e como suspeitei, elas estavam lá, batendo o ar para me manter segura, elas tinham uma pouco mais de 6 metros e eram de uma cor cinza claro, como as asas de um pardal recém-nascido, como os que varias vezes aparesian na janela de meu quarto, aprendendo a voar, elas batiam em um movimento natural, fácil de manejar, consegui voar até o uma velha caverna onde em cima havia uma pequena construção de pedras antigas de origem desconhecida que ali haviam a muito tempo sido esquecidas, vi uma pequena pedra que parecia ser uma mesa, com uma superfície reta, quando meus pés estavam quase tocando o chão um forte vendo foi emitido de minhas asas e afastou todas as folhas e terra de cima e ao redor de todo o lugar que eu tinha escolhido para parar pousar, consegui me a ajoelhar em cima. As asas, apesar de confortáveis no ar, no solo eram pesadas e puxavam um pouco o equilíbrio. Eu tentei puxá-las de volta para dentro, mas a dor foi muito forte, coquei as os braços ao redor da barriga e fiz mais força com as asas, e elas voltaram.
E só ai eu percebi: Eu não tinha idéia de onde estava, estava descalça, com uma blusa regata rasgada nas costas em pleno inverno. E isso gerou um pequeno riso no canto da minha boca, mas finalmente eu sabia o que tinha que fazer.

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